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News Letter do CRBio-2 de 27/8/2007 15:06:55

News Letter do CRBio-2


'Maconha do cérebro' salva células-tronco
G1-Globo online | 27/8/2007 14:58:59

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram uma maneira aparentemente simples de salvar da morte as células-tronco que estão a caminho de se transformar em neurônios: basta estimular nelas a mesma fechadura química que "recebe" o princípio ativo da maconha no cérebro. É uma peça curiosa no quebra-cabeça das células-tronco embrionárias, capazes de assumir a função de virtualmente qualquer tecido mas ainda indomadas no laboratório.

A pesquisa foi apresentada pelo aluno de mestrado Jader Nones durante a XXII Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental, realizada em Águas de Lindóia (interior de SP). Junto com seu orientador, Stevens Kastrup Rehen, Nones está tentando criar maneiras mais apuradas de transformar as células-tronco, de seu estágio inicial e não-especializado, em células nervosas, úteis para estudar doenças neurodegenerativas ou, quem sabe, tratá-las.

Um dos passos-chaves no estudo das células-tronco embrionárias é a formação dos chamados corpos embrióides. Essas esferas cheias de células apresentam os primeiros passos na especialização celular, com o aparecimento dos tipos básicos de tecido humano. Nessa fase, os pesquisadores da UFRJ usam o ácido retinóico, que ajuda as células a se encaminharem para a forma de neurônio. Mas há um porém. "Tem uma mortalidade celular que é intrínseca à diferenciação causada pelo ácido retinóico", explica Rehen. Com isso, perdem-se células.

A equipe se perguntou, então, o que aconteceria se fosse estimulado o sistema canabinóide. Como o nome, derivado de Cannabis (a alcunha científica da maconha), sugere, esse sistema ajuda a absorver substâncias cuja estrutura molecular se parece com a do princípio ativo da erva. O próprio organismo produz essas substâncias, que desempenham uma série de funções importantes no sistema nervoso e imune, por exemplo. "Em neurônios adultos já havia indícios de uma ação protetora do sistema canabinóide", conta Nones.

De fato, entre as células que sobreviviam à ação do ácido retinóico, muitas apresentavam uma ação aumentada do CB1, justamente um dos receptores (fechaduras químicas) que permitem a ação dos canabinóides. Nones, então, testou o que aconteceria se fosse adicionada às células uma substância que favorecesse a ação do CB1. O resultado? A mortalidade das células-tronco em fase de especialização caiu 50%. "E isso sem afetar a proliferação celular", afirma Rehen. Nones também conduziu experimentos que sugerem uma ação específica do CB1: quando outra substância, capaz de deter a ação do receptor, entrou na equação, o efeito protetor desaparecia.

"A expectativa é você ter uma produção maior de neurônios do que a que você teria numa situação sem o canabinóide. Isso sem contar que é interessante ver que o sistema canabinóide está influenciando a morte celular associada à diferenciação", explica Rehen. Os cobiçados neurônios que um dia poderão ser usados para regenerar um cérebro afetado pelo mal de Parkinson agradecem.



Técnica com células-tronco repara corações de ratos infartados
BBCBrasil.com | 27/8/2007 14:59:42

- Um grupo de cientistas dos Estados Unidos conseguiu reparar corações danificados de ratos usando uma injeção de células produzidas a partir de células-tronco, abrindo o caminho para o possível uso da técnica em larga escala para ajudar vítimas de infarto ou de insuficiência cardíaca.

Os pesquisadores da Universidade de Washington e da empresa californiana de biotecnologia Geron desenvolveram uma nova técnica para conseguir implantar com sucesso nos corações de ratos infartados células musculares cardíacas - chamadas cardiomiócitos - produzidas a partir de células-tronco.

As células-tronco são células imaturas, capazes de se transformar em outros tipos de células que compõem tecidos e órgãos.

Segundo os pesquisadores, até agora os estudos vinham enfrentando dificuldades para levar as células-tronco a se transformarem em cardiomiócitos.

Além disso, mesmo quando se conseguia produzir cardiomiócitos, a incidência de morte dessas células após o implante no coração era alta.

A nova técnica, publicada em artigo na revista científica Nature Biotechnology, permitiu aos pesquisadores produzir um grande número de cardiomiócitos a partir de células-tronco e sua implantação com sucesso graças ao uso de um coquetel de substâncias que reduziram a morte dessas células.

As células foram implantadas em corações de ratos quatro dias após ataques cardíacos e ajudaram a reconstruir os tecidos danificados do órgão e a melhorar a função cardíaca dos animais.

Segundo os pesquisadores, o sucesso do estudo dá esperanças de repetir o resultado em humanos. Eles estimam que os testes da técnica em seres humanos poderiam começar em dois anos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


Baleia chama atenção de banhistas no Recreio
G1-Globo online | 27/8/2007 15:00:19

Uma baleia chamou a a atenção dos banhistas que aproveitaram o dia de sol na Praia do Recreio, na Zona Oeste do Rio, na tarde deste domingo (24). Ela nadou entre os postos 9 e 10.

Um barco dos bombeiros do grupamento marítimo acompanhou os movimentos do animal para evitar que banhistas se aproximassem.

A baleia esteve em outros pontos do litoral da cidade. Depois do passeio pelo Recreio dos Bandeirantes, ela ficou a cerca de 150 metros da areia, entre os postos 7 e 8, na Praia da Barra da Tijuca, também na Zona Oeste. Nenhum barco se aproximou.

No fim da tarde do domingo (26), a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que a baleia é da espécie franca e teria entre 8 e 10 metros. Aparentemente, ela já se afastou para alto mar.



PM apreende até cobra à venda em Caxias
G1-Globo online | 27/8/2007 15:01:11

Policiais recolheram 292 animais silvestres. Treze pessoas foram detidas e encaminhadas à 62ª DP (Imbariê).
Até uma cobra estava sendo vendida ilegalmente numa feira no centro do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Policiais militares do Batalhão Florestal apreenderam o réptil, dois micos, dois jabutis, junto com outros 287 animais silvestres durante operação no local.
A chegada dos policiais, motivada por um disque-denúncia, fez com que diversos comerciantes de animais fugissem, mas 13 foram detidos, e encaminhados para a 62ª DP (Imbariê) para prestar depoimento. Eles vão responder em liberdade pelo crime de manter animais silvestres em cativeiro sem ter autorização do Ibama.

Os bichos apreendidos vão ser encaminhados ao Zoológico de Niterói, segundo a PM.

No sábado (25), os PMs do Batalhão Florestal apreenderam 138 pássaros numa feira em Honório Gurgel, no subúrbio do Rio.

Policiais militares do Batalhão Florestal apreenderam 138 pássaros numa feira em Honório Gurgel, no subúrbio do Rio. Segundo policiais, havia dois filhotes de tucano e duas arapongas entre os animais silvestres.

Cinco suspeitos de serem os vendedores dos pássaros foram detidos para prestar depoimento na 40ªDP (Honório Gurgel), mas vão responder em liberdade ao crime de manter em cativeiro animais silvestres sem autorização do Ibama, de acordo com um policial civil. Após o depoimento, os suspeitos foram liberados.

Um disque-denúncia motivou os policiais a realizar a operação, segundo a polícia.

Os pássaros apreendidos vão ser encaminhados para o Centro de Triagem do Ibama, em Seropédica. Se estiverem bem, serão devolvidos aos seus habitats naturais.



Brasil entra em alerta contra surto de rubéola
G1-Globo online | 27/8/2007 15:01:45

País registra mais de 1.500 casos da doença, sendo 80% em homens. RJ é o estado com maior número de infectados, seguido por CE e RS.
Uma doença que poderia estar erradicada volta a assustar o país. Segundo o Ministério da Saúde, nove estados e o Distrito Federal registram surto de rubéola. As secretarias estão em estado de alerta para a detecção de casos da doença. A vacinação é a única forma de combate, segundo o ministério.

Somente em 2007, foram confirmados 1.587 casos. O estado com maior número de registros é o Rio de Janeiro, onde 1.051 casos já foram confirmados. Em seguida, vem o Ceará, com 135; e o Rio Grande do Sul, com 126. São Paulo tem 107 casos; Minas Gerais, 68; Distrito Federal, 30; Espírito Santo, 27; Paraíba, 28; Goiás,12; e Santa Catarina, com 3; completam a lista dos estados que contabilizam pacientes.
O número de ocorrências da doença no Brasil vinha caindo de maneira significativa desde 1997, quando foram registrados 32.825 casos, segundo o Ministério da Saúde. Em 2005, o número chegou a 351, mas no ano passado um novo surto foi detectado. "Desde junho de 2006 começamos a observar o início deste atual surto", diz Ricardo Pio Marins, coordenador geral de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde.

"O surto é gerado por meio de cadeia de transmissão. Os casos são correlacionados", explica Marins. "80% dos casos ocorrem entre homens", afirma Marins. A maioria entre aqueles com 20 a 29 anos. Pessoas nesta faixa etária não receberam dose da vacina tríplice viral, que protege contra rubéola, sarampo e caxumba. Essa vacina só começou a fazer parte do calendário em 1992. O primeiro estado a implantá-la foi São Paulo.

A maior preocupação é com a síndrome de rubéola congênita, em que a gestante não vacinada pode adquirir e transmitir ao feto. "A criança pode nascer com complicações resultantes da infecção da rubéola, como catarata, surdez, problemas cardíacos ou neurológicos", afirma a médica Sandra Campos, professora de pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo Sandra, 40% das mulheres que contraem a doença nos três primeiros meses de gravidez têm filhos com algum tipo de complicação.

Os sintomas gerais são leves, como mal-estar, febre e manifestação catarral das vias respiratórias superiores. Depois destes, costuma surgir a erupção na pele, de coloração avermelhada. "A rubéola faz parte das doenças exantemáticas e, como a catapora e o sarampo, provoca manifestações na pele", afirma Sandra.



Praia do Sossego terá limites definidos e fiscalização permanente
O Fluminense | 27/8/2007 15:02:21

Uma das mais belas áreas de preservação ambiental de Niterói está passando por um processo de delimitação. A Praia do Sossego, que fica entre Camboinhas e Piratininga, na Região Oceânica, vai ganhar, nos próximos meses, marcos físicos para definir os limites do parque ecológico. Um Plano Diretor com regulamentações para o uso da área também está sendo planejado pelo Governo Municipal. Além disso, um esquema de fiscalização permanente será montado para garantir a preservação total da região.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói, Jefferson Martins, a Praia do Sossego foi tombada em 1991 e em 2002 alcançou a categoria de Monumento Natural, através de uma lei municipal. Apesar dos títulos, o parque não possui regulamentações práticas de uso da área. Para garantir as normas de preservação dos cerca de 600 metros de extensão da praia, a Prefeitura está realizando um Plano de Manejo para a região, onde serão definidas a regularização fundiária de edificações existentes na área, a manutenção ou não de construções e as normas de fiscalização.

"Estamos tentando agilizar as burocracias necessárias para normatizar as ações na região. O parque é uma área de proteção ambiental e não podemos deixá-lo sem regras. Os marcos físicos serão essenciais para mostrar à população a real extensão da Praia do Sossego e a importância de sua conservação", disse o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.


Limite – A meta do governo municipal é iniciar ainda esse ano a delimitação física da Praia do Sossego. Para isso, vão ser instalados 50 marcos, doados pelos organizadores do Niterói Folia, em contrapartida pela realização do evento. De acordo com Martins, o objetivo é iniciar a demarcação ainda esse ano. O projeto acontece em parceria com a Secretaria Regional de Piratininga.

"Estamos dando passos importantes para o desenvolvimento das políticas ambientais na cidade, e em especial, na Região Oceânica. Queremos ampliar ainda mais esses planos de preservação ecológica, já que estamos na zona mais verde da cidade", disse o secretário regional de Piratininga, Pedro Maciel.

Área precisa de recuperação vegetal

A iniciativa municipal de regulamentar o uso da Praia do Sossego será muito benéfica para a região, de acordo com o professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Cláudio Bohrer. Mas ele ressalta que o projeto precisa ser acompanhado de um plano de recuperação da vegetação local.

"A unidade de preservação só existia no papel e não havia diretrizes para ordenar o funcionamento da área, que está entre duas grandes praias niteroienses. A medida da Prefeitura é louvável, mas não pode se restringir à limitação física do parque e nem às questões fundiárias. É fundamental que seja criado um programa de recuperação da vegetação local, que hoje está sendo prejudicada por plantas invasoras ou mesmo por edificações", comentou o professor.

Segundo Bohrer, a recomposição da mata local vai contribuir para um projeto maior, que é o de preservação do Parque da Serra da Tiririca, localizada entre os municípios de Niterói e Maricá, e o Morro das Andorinhas, que fica entre Itaipu e Itacoatiara.

"Com um plano paisagístico, a Praia do Sossego vai poder voltar às suas origens ecológicas. E essas medidas, com cuidado e regras, podem integrar ainda mais a população à natureza", ressaltou Cláudio Bohrer.

Na Praia do Sossego, a vegetação predominante é de restinga. Na área das pedras, também é possível encontrar espécies rupestres, como cactos, bromélias e orquídeas.


ONU diz que iniciativa contra mudança climática ganha força
Ambiente Brasil | 27/8/2007 15:03:03

A ONU afirma que o apoio a novas iniciativas de longo prazo para o combate ao aquecimento global vêm ganhando força e um encontro sobre o clima que começa nesta segunda-feira em Viena pode ser 'um teste crucial'.

Cerca de mil representantes de mais de cem países vão tomar parte das negociações entre 27 e 31 de agosto. Buscarão um consenso entre nações industrializadas que se comprometeram a um limite de emissões até 2012 no Protocolo de Kyoto e outras que não aderiram, lideradas pelos EUA e a China, os dois maiores poluidores da atmosfera.

- O apoio está crescendo para uma ação global - disse Yvo de Boer, principal diplomata da ONU na questão da mudança climática. - E Viena será crucial.

- A próxima semana nos indicará se a comunidade política está disposta a ultrapassar os lugares-comuns bem intencionados e adotar negociações verdadeiras - declarou.

- A luta contra a mudança climática precisa ser expandida - disse o ministro do Meio Ambiente austríaco, Josef Proell, elogiando a disposição dos EUA em tomar parte de um acordo de longo prazo da ONU para reduzir as emissões de combustíveis fósseis.

Os participantes do encontro vão tentar romper um impasse diplomático para permitir que os ministros do Meio Ambiente cheguem a um acordo em dezembro em Bali, na Indonésia, que permitiria o lançamento de negociações formais por dois anos para definir cortes nas emissões de gases causadores do efeito estufa.

As chances de um acordo em Bali aumentaram após relatórios da ONU este ano terem culpado as atividades humanas, lideradas pelo consumo de combustíveis fósseis, pelas mudanças climáticas que podem trazer ainda mais graves ondas de calor, secas, erosão, degelo de geleiras e o aumento do nível dos oceanos.

O presidente George W. Bush, que se opõe ao Protocolo de Kyoto, concordou com seus aliados industriais em junho sobre a necessidade de 'cortes substanciais' nas emissões de gases-estufa. Ainda não está claro o que significa 'substanciais' para Washington.



Polícia Ambiental de SP apreende palmito vendido por falsos índios
Ambiente Brasil | 27/8/2007 15:04:34

A Polícia Ambiental apreendeu neste sábado, 25, 168 unidades de palmito "in natura" em uma feira no centro de Peruíbe, na Baixada Santista (SP). Dois homens que se apresentavam como índios foram autuados e o produto foi encaminhado para doação.

De acordo com o porta-voz da polícia, tenente Marcelo Robis Francisco Nassaro, o palmito era comercializado por Davi Honório Cardoso e Matheus Honório Cardoso, que embora tenham origens indígenas, segundo a avaliação dos policiais que registraram a ocorrência, não se enquadravam no perfil de índio protegido pela lei.

"A lei permite que os índios que não estão inseridos na sociedade utilizem os recursos do meio ambiente para sua subsistência, mas não é considerado índio aqueles que estão no ambiente urbano, têm CNH e casa na cidade e usam os recursos comercialmente", explicou o tenente.

A venda de palmito extraído de palmeiras nativas é ilegal, porém não cabe flagrante ao crime. As providências legais para a ocorrência são o registro de uma infração ambiental, para fins administrativos, e um termo circunstanciado para o Ministério Público apurar e tomar as providências penais necessárias.



Embrapa avaliará impacto ambiental de biocombustível
Power Energética/ Valor Econômico | 27/8/2007 15:05:58

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) anuncia, em setembro, a criação do primeiro mecanismo para avaliar impactos ambientais dos biocombustíveis e a instituição de um sistema global de certificação da produção que deve resultar na fundação de um selo internacional de qualidade ambiental.
Acusados de induzir o desmatamento e de desrespeitar direitos trabalhistas básicos, os combustíveis à base de produtos agrícolas passarão a ter um sistema de indicadores de sustentabilidade específicos para gestão ambiental e certificação da produção. Matéria-prima para o biodiesel, o dendê será o primeiro a obter a chamada "eco-certificação", uma parceria da Embrapa Labex Europa com o francês Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica (Cirad), sediados em Montpellier, na França. Uma agência européia de fomento à pesquisa já ofereceu 260 mil euros para financiar a execução das primeiras ações.

Autor do projeto, o pesquisador Geraldo Stachetti Rodrigues informa que o dendê será o primeiro a ter estudos de certificação porque a Embrapa domina o processo de produção da oleaginosa e por ser mais cultivado na Amazônia, região vista como essencial pelo governo para a conservação e integração agroflorestal. Além disso, o dendê envolve diversas unidades da Embrapa dedicadas à agroenergia.

As avaliações de impacto incluirão indicadores como distribuição de renda, qualidade do emprego, segurança e saúde no trabalho, além de acesso à educação, serviços básicos, esporte e lazer. A análise será estendida a padrões de consumo, conservação dos habitats e do patrimônio histórico e artístico, entre outros. São verificados 62 itens integrados em cinco dimensões, como ecologia (reserva legal), qualidade ambiental (atmosfera, água e solo), valores sociais, culturais e econômicos, além de gestão e administração. "São mudanças nesses indicadores que afetam o desenvolvimento local e a qualidade de vida nas comunidades. Com eles, podemos estabelecer a conexão entre avaliação de impacto e gestão sustentável, passível de certificação", afirma.

Para o pesquisador, a certificação ambiental ajudará o setor privado na qualificação e no desempenho produtivo, como o acesso a mercados exigentes da Europa, Japão e EUA. Também auxiliará o setor público a efetuar ações para reparar impactos, promover o desenvolvimento local sustentável e acompanhar os requisitos de certificação.

No Uruguai, o sistema já está em uso. Foi adaptado como instrumento de política pública em um projeto de pecuária extensiva e horticultura dentro do programa de desenvolvimento tecnológico do Cone Sul (Procisur), financiado pelo Banco Mundial e o Global Environmental Facility (GEF).



Amazônia pede socorro
Ambiente Brasil | 27/8/2007 15:06:32

O aventureiro Gerard Moss registra uma cena impressionante que documenta a destruição da floresta para a expansão da agricultura.

Parece um cogumelo atômico em plena floresta Amazônica, no norte de Mato Grosso. É uma queimada, que libera gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento da Terra.

É para lá que vai o explorador ambiental Gérard Moss. Ele quer filmar a destruição de perto.

Gérard, a mulher Margie e um grupo de cientistas brasileiros estão envolvidos no projeto "Rios Voadores". Eles pretendem comprovar a teoria de que a floresta Amazônica é responsável por grande parte da chuva que cai em quase todo o Brasil.

"É claro que os dados científicos desse projeto são importantes. Mas igualmente importantes são os depoimentos das pessoas que vivem nessas regiões amazônicas", diz Gerard.

"Na época em que nós viemos chovia, às vezes, 19, 20 dias direto, sem abrir sol. Agora não, chove um pouco e já logo tem sol", conta Margie.

Um piloto diz que, antigamente, no inverno, só voava em Mato Grosso com auxílio de aparelhos, por causa das chuvas.

"Hoje não tem inverno mais. Hoje em dia são chuvas esparsas, chove aqui, chove acolá", conta o comandante Martinelli.

Menos floresta, menos chuva. As plantações, principalmente de soja, invadem a mata.

O avião de Gérard agora está bem perto da coluna de fumaça. Ao redor, uma área imensa repleta de vegetação calcinada.

Gérard caminha entre os troncos, alguns ainda em chamas. Horas atrás, isso era uma floresta.

Gérard está fazendo coleta de água da chuva e dos rios. Assim, será possível determinar, com precisão, a origem da chuva que cai nas regiões centro-oeste, leste e sul do Brasil.

Saber se a chuva realmente chega a essas regiões graças aos Rios Voadores - o vapor de água liberado pela floresta Amazônica.

O aviador está chegando agora à aldeia Yawalapiti, no Alto Xingu, Mato Grosso, para encontrar seu amigo, o cacique Aritana.

O cacique também se queixa do desmatamento em Mato Grosso e da diminuição das chuvas.

"O tempo da chuva chegava certinho, mas agora não tem mais isso. Muito calor aqui", diz o cacique.

O governo tem anunciado a queda gradual do desmatamento na Amazônia: 27 mil quilômetros quadrados em 2004; 18 mil quilômetros quadrados em 2005; e 14 mil quilômetros quadrados em 2006.

Boa notícia. Mas ainda assim, é muita devastação. É preciso atingir, com urgência, o desmatamento zero e, depois, o reflorestamento.

"A mata não pode mais ser derrubada. Tem que ser replantada. Tem que existir uma outra maneira da humanidade sobreviver não derrubando mata", diz Margie.




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Enviado em 27/8/2007 15:06:55

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