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News Letter do CRBio-2 de 31/8/2007 11:27:47

News Letter do CRBio-2


  Estudo revela orquídea mais antiga do mundo
G1-Globo online | 31/8/2007 11:22:54

Um fragmento de âmbar com cerca de 20 milhões de anos, descoberto por uma equipe internacional de pesquisadores, funcionou como uma espécie de cápsula do tempo e trouxe para o presente a mais antiga orquídea do mundo. E ela não faz essa viagem temporal sozinha: veio junto com a abelha que a polinizava, mostrando a relação antiqüíssima entre essas belas flores e os insetos.
A equipe, cujo trabalho está descrito na edição desta semana da revista científica britânica "Nature", simplesmente tirou a sorte grande. O biólogo argentino Rodrigo Bustos Singer, que trabalha na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e é um dos autores do estudo, explicou ao G1 que esse é o primeiro fóssil inequívoco de orquídea a ser achado no mundo.

"Havia uma ou outra coisa muito recente. Mas, como eram simples impressões de folhas, esses fósseis eram muito questionados, porque as folhas nesse caso não permitem uma identificação clara da planta como orquídea", diz Singer. De quebra, achar ao mesmo tempo uma flor e o inseto que a polinizava é outro evento raríssimo nos anais da paleobotânica (o estudo de plantas extintas).

A verdade, porém, é que é mais fácil para o olho não-treinado distinguir o inseto do que a flor no conjunto fóssil. O pedaço de âmbar, oriundo da República Dominicana, preservou a abelhinha sem ferrão Proplebeia dominicana com o polinário (estrutura especializada que abriga o pólen) em suas costas. Parece pouco, mas o polinário já é suficiente para identificar a planta visitada pelo bicho como orquídea e batizá-la como uma espécie até então desconhecida, a Meliorchis caribea.

E, apesar da idade vetusta, a planta pertence a um grupo de orquídeas (tecnicamente conhecido como subtribo) com representantes vivos no Brasil de hoje. "É uma subtribo bem representada tanto na Mata Atlântica quanto na Amazônia", conta Singer. Mas, ao contrário dos membros modernos da subtribo, a espécie provavelmente tinha uma flor com formato tubular, através da qual a abelhinha precisava rastejar para alcançar o néctar no qual estava interessada. (Hoje, as abelhas apenas usam a boca para fazer o mesmo.)

Ao descer pelo tubo, o inseto encostava seu dorso no polinário, que Singer compara a uma mochilinha. Essa carga, grudada no bicho, era carregada para outra flor. "O inseto, ao entrar nessa outra flor, esbarra primeiro na região receptiva feminina, a qual fica antes do polinário, que são as partes férteis masculinas", explica o biólogo. E voilà: a fertilização acontece, garantindo a próxima geração de orquídeas. -

Álbum de família

O primeiro e único fóssil do grupo também está ajudando os pesquisadores a estimar a data de origem das orquídeas, que hoje constituem a família mais diversificada de plantas com flores do mundo (são mais de 25 mil espécies). A equipe, coordenada por Santiago Ramírez, do Museu de Zoologia Comparada da Universidade Harvard (EUA), usou inicialmente dados de DNA e da forma das plantas para criar uma árvore genealógica onde a Meliorchis caribea pudesse ser encaixada.

Depois, a idade do fóssil e a de outros fósseis de plantas com flores foram usados para "calibrar" essa árvore, ou seja, para tentar atribuir datas estatisticamente confiáveis (embora não 100% seguras) à diversificação das orquídeas indicada pelas mudanças no DNA e na forma das plantas. Os resultados ainda são preliminares, mas a estimativa obtida é de uma origem entre 76 milhões e 84 milhões de anos atrás, no finalzinho da Era dos Dinossauros.

Singer diz que ainda é muito cedo para tentar propor uma razão para essa data de origem. Costumava-se acreditar, por exemplo, que plantas com flores e insetos polinizadores, principalmente abelhas, teriam evoluído em paralelo por volta dessa época. A diversificação de um grupo teria favorecido a diversificação do outro. "É muito tentador elaborar hipóteses, mas não deve haver uma única causa. A gente ainda sabe muito pouco", diz ele.



  Vírus ameaça golfinhos no Mediterrâneo
G1-Globo online | 31/8/2007 11:23:28

A aparição de dezenas de golfinhos mortos na costa do Mediterrâneo alertou os ecologistas, que temem que um vírus possa se converter em uma epidemia, publicou na quarta-feira (29) o jornal espanhol "El Mundo".

Os golfinhos foram infectados por um vírus ainda desconhecido e que até agora causou a morte de dezenas de animais na costa.

Segundo especialistas em meio-ambiente, citados pelo jornal, o vírus poderia se alastrar.

"Estamos no início da epidemia", disse ao jornal Javier Pantoja, chefe do serviço de Conservação do Meio Marinho do Ministério de Meio Ambiente da Espanha.



  Reator criará energia a partir do lixo
G1-Globo online | 31/8/2007 11:24:01

Na onda da procura de novas formas de produzir energia a partir de fontes renováveis e sem prejudicar o meio-ambiente, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) criaram o modelo de um reator de plasma capaz de converter lixo urbano em energia elétrica. O equipamento deve estar em operação até o fim deste ano e funcionará acoplado a uma turbina de gás e a um gerador, segundo informações da agência Fapesp.
Para obter a energia no reator, é utilizado plasma gasoso –- gás aquecido por descarga elétrica em temperaturas altíssimas -– para degradar e gaseificar o lixo utilizado e colocado dentro do equipamento. O processo já foi testado preliminarmente em outro equipamento do IPT.

"A energia do plasma gasoso é utilizada para transformar em gás os materiais volatilizáveis do lixo, que envolvem todos os resíduos que viram fumaça. Esse processo é controlado para a produção de um gás com alto poder calorífico, que será inserido em uma turbina", afirmou Antonio Carlos da Cruz, pesquisador da Divisão de Mecânica e Eletricidade do IPT e um dos coordenadores do projeto, à agência Fapesp.

"Pelos nossos cálculos teóricos, sabemos que a energia gerada será suficiente para manter todo o processo em funcionamento", disse Cruz. Não está descartada, entretanto, a possibilidade de geração de energia excedente. Segundo o pesquisador, os resíduos que não se tornarem gasosos, solidificando-se após sua remoção do reator, poderão ser utilizados na pavimentação de ruas e calçadas.

Ecologia

"Se tudo der certo, esse processo permitirá que o lixo tenha uma destinação ecologicamente correta, ao se evitar que ele vá parar em aterros, e ainda gere energia para outros tipos de uso", explicou. O projeto tem apoio da Fapesp através do programa Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas (Pipe).

Os primeiros estudos a serem feitos no equipamento serão sobre a qualidade do gás produzido por ele. Com uma turbina a gás e um gerador que devem ser adquiridos através de um projeto de pesquisa, será possível estimar o poder calorífico dos resíduos do lixo e o excedente de energia a ser criado. Segundo Cruz, o plasma gasoso tem sido utilizado por grupos no Japão e na Alemanha para aplicações semelhantes. Porém, ainda não existe um modelo pronto do reator, assim como um domínio tecnológico da técnica.

Para que o processo possa ser bem aproveitado, o ideal é que haja uma integração com a coleta seletiva de lixo e separação de resíduos –- fazendo uma triagem, separando os materiais que poderiam ser aproveitados para reciclagem e mantendo os sem reaproveitamento para a geração de energia.


  Aquecimento pode ser contido a um custo razoável, diz ONU
Ambiente Brasil | 31/8/2007 11:24:30

A humanidade é culpada pela mudança climática, mas os governos ainda têm tempo de reduzir o ritmo dos danos a um custo razoável, desde que ajam rapidamente, segundo um relatório preliminar da ONU.

Salientando a necessidade de rapidez, o texto diz que será praticamente impossível alcançar a meta da União Européia de um aquecimento global máximo de 2º C em relação às médias da era pré-industrial.

O estudo de 21 páginas, a ser divulgado em novembro, esboça possíveis reações ao aquecimento global, mas alerta que alguns impactos já são inevitáveis, como o aumento gradual no nível do mar, que deve durar séculos.

O relatório, ao qual a Reuters teve acesso com exclusividade, faz um resumo das 3.000 páginas de pesquisas divulgadas neste ano em três etapas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU, tratando de ciência, dos possíveis impactos e dos custos para conter o aquecimento.

O novo relatório, destinado a orientar ações de governos, reitera que os humanos são os responsáveis pela mudança climática, mas diz que há tecnologias "limpas" que podem compensar as emissões nocivas de gases do efeito estufa.

"A maior parte do aumento observado nas temperaturas médias globais desde meados do século 20 muito provavelmente se deve ao aumento observado nas concentrações antropogênicas (provocadas pelo homem) dos gases do efeito estufa", diz o texto.

Esse "muito provavelmente" significa uma probabilidade superior a 90 por cento. Em seu relatório anterior, de 2001, o Painel Intergovernamental da ONU considerava a hipótese apenas "provável", ou seja, com probabilidade de pelo menos 66 por cento. Os relatórios reúnem o trabalho de 2.500 cientistas do mundo todo.

O texto contém ainda uma tabela indicando danos que estão se agravando, como o branqueamento de corais, inundações costeiras, aumento nos gastos com tratamentos médicos, mortes provocadas por ondas de calor e aumento no risco de extinção de espécies animais e vegetais.

Mas o texto diz que "muitos impactos podem ser evitados, reduzidos ou adiados" com reduções nas emissões de gases do efeito estufa, resultantes especialmente da queima de combustíveis fósseis.

Entre as opções propostas estão pesquisas por maior eficiência energética, uso mais amplo de energias renováveis, mercados de carbono ou técnicas para enterrar o dióxido de carbono produzido por usinas termoelétricas a carvão.

O relatório diz que o custo de tais iniciativas seria aceitável para a economia mundial. O PIB global em 2030 teria uma queda de até 3 por cento no cenário mais radical, no qual as emissões de carbono atingiram seu auge dentro de 15 anos. Outras metas menos difíceis de atingir cobrariam apenas uma pequena fração do PIB global até 2030.

O relatório será divulgado em 17 de novembro em Valência (Espanha), após ser revisto pelos governos. Haverá um outro sumário, ainda mais enxuto, de cinco páginas. O texto visto pela Reuters está datado de 15 de maio, mas uma versão atualizada foi escrita neste mês para incluir sugestões de governos, segundo cientistas.

O relatório reitera que a temperatura média do planeta deve subir de 1,8 grau a 4 graus neste século, e que o nível dos mares aumentará de 18 a 59 centímetros.

Mas, mesmo que as emissões de gases do efeito estufa sejam contidas, os mares continuarão subindo nos próximos séculos, talvez até 3,7 metros sobre o nível atual, só por causa da expansão das águas, já que as profundezas continuariam, durante muito tempo, recebendo reflexos do calor da superfície.

Essa estimativa não leva em conta o eventual acréscimo pelo degelo da Groenlândia e da Antártida, por exemplo.


  Brasil precisa correr para cumprir meta de sanamento da ONU
Ambiente Brasil | 31/8/2007 11:24:58


O Brasil precisará reforçar investimentos para cumprir a meta de saneamento básico que está entre os Objetivo de Desenvolvimento do Milênio firmados pela ONU, de acordo com dados do Terceiro Relatório Nacional de Acompanhamento, lançado em Brasília pelo governo federal.

Na questão do sanemento básico, a meta é reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso sustentável à água potável e esgoto.

O relatório reconhece que o Brasil precisaria investir R$ 9,3 bilhões por ano (R$ 2,9 bilhões em água e R$ 6,4 bilhões em esgoto) para cumprir a meta no prazo. Entre 2003 e 2006, os investimentos do governo brasileiro nesses serviços ficaram em torno de R$ 3 bilhões anuais.

Na introdução do relatório, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que o governo "pretende garantir o cumprimento dessas metas por meio de fortes investimentos: R$ 40 bilhões em saneamento básico e R$ 106 bilhões em urbanização de favelas, até 2010, conforme previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)".


De acordo com os dados apresentados, em áreas urbanas brasileiras o acesso a água e esgoto foi de 62,3% dos domicílios, em 1992, a 73,2% em 2005, sendo 88% no Sudeste, em 2005, contra 57% no Nordeste.

Em 2005, 1,8% dos domicílios urbanos e 27% dos rurais não tinham nenhum tipo de sistema de esgoto.

Miséria e desigualdade - O Brasil já cumpriu um dos compromissos assumidos com as Metas do Milênio das Nações Unidas, que previa a redução pela metade da proporção da população vivendo com menos de US$ 1 ao dia, até 2015.

Em 1990, 8,8% da população brasileira vivia nessa condição. Em 2005, a proporção era de 4,2%.

Em números absolutos, esses valores correspondem a 12,2 milhões de brasileiros em situação de pobreza extrema em 1990, e 7,5 milhões em 2005.

Além da meta da ONU, o Brasil assumiu um compromisso extra, de reduzir a 25% a proporção da população em situação de pobreza extrema. De acordo com o relatório, esse objetivo poderá ser atingido ainda em 2007 ou 2008, se mantidas as tendências atuais. O texto atribui a redução da pobreza à estabilização da moeda, em 1994, e às políticas de aumento real do salário mínimo.

A despeito da queda nas taxas de pobreza extrema, o Brasil se mantém como um país de grandes desigualdades: participação dos 20% mais pobres da população na renda nacional não chegava, em 2006, a 3%, e a dos 20% mais ricos, embora em queda há dez anos, ainda é superior a 60%. O relatório destaca que o Índice Gini, uma medida da desigualdade, atingiu seu patamar mais baixo para o Brasil em 2005, de 0,566, ante a taxa histórica de 0,595.

Meio Ambiente - No quesito de sustentabilidade ambiental, o Brasil cita o cumprimento do Protocolo de Montreal – que prevê a eliminação dos CFCs, gases responsáveis pela destruição da camada de ozônio – com redução de 90% do consumo desse tipo de gás entre 1999 e 2006. Dados recentes sobre a redução do desmatamento na Amazônia também entram nessa parte do relatório.

Educação - O relatório indica ainda que o Brasil enfrenta um grave desafio na educação: embora tenha havido uma universalização do acesso ao ensino básico, atingindo mais de 94% das crianças de 7 a 14 anos, o País ainda não consegue fazer com que todas as crianças completem um ciclo inteiro de escolarização: no Nordeste, apenas 78% das crianças completam o primeiro ciclo, da 1ª a 4ª série, no prazo considerado ideal. No Sudeste, essa taxa é de 95%.

No ensino médio, a situação é ainda pior: apenas 55% dos jovens de brasileiros de 16 anos estudam na série correta.

Saúde - No capítulo sobre mortalidade infantil, o relatório afirma que o Brasil se aproxima da meta estabelecida, de redução da taxa de morte de crianças menores de cinco anos em dois terços, entre 1990 e 2015: a taxa nacional caiu de 53,7 mortes por mil nascidos vivos, em 90, a 28,7, em 2005. A meta para 2015 é baixar esse número a 18.

O texto aponta grandes desigualdades regionais: no Sudeste, a taxa em 2005 era de 19,2. No Nordeste, de 38,9.

O relatório pede cautela na avaliação da meta de redução da morte materna – que, pelo compromisso da ONU, deve cair em três quartos, ou 75%, entre 1990 e 2015 – ao ressaltar que esse tipo de evento ainda é subnotificado no Brasil. Os números disponíveis mostram queda, mas em ritmo lento: em 1997 a taxa era de 62,1 para cada 100 mil nascidos vivos, ante 53,4 em 2005, redução de 12,7% em quase uma década.

Nas metas de combate a doenças infecciosas, o relatório menciona os avanços brasileiros no combate à Aids e uma redução no número de casos de malária em 2006, após três anos de aumento, e nos de tuberculose, que vinham crescendo de 2000 a 2003.

Igualdade entre os sexos - O relatório cita ainda avanços modestos na redução da desigualdade entre os sexos no mercado de trabalho – a participação das mulheres foi de 47,5% para 52,9% entre 1992 e 2005 – e um aumento no número de mulheres eleitas para cargos públicos.


  Indonésia é país mais exposto a desastres naturais
Folha online | 31/8/2007 11:25:49

A Indonésia, com 13% de vulcões ativos do mundo e afetada por 11% dos grandes terremotos que ocorrem no planeta, é provavelmente o país mais vulnerável aos desastres naturais, segundo o chefe do Departamento de Ajuda Humanitária da Comissão Européia (Echo, na sigla em inglês) para a Indonésia e Timor-Leste, Carlos Afonso.

"Nos últimos dois anos, a Indonésia sofreu dez desastres naturais graves, além várias inundações periódicas, a cada ano mais graves devido ao desmatamento e à concentração de população", destaca Afonso.

O tsunami de 2004, seguido pelos terremotos de Nias e Yogyakarta no ano seguinte, a erupção do vulcão Merapi, a corrente de barro de Sidoarjo, o terremoto e tsunami de Panandaran, as inundações em Aceh em dezembro de 2006 e as inundações de Jacarta em fevereiro último são apenas as catástrofes mais graves no país. Há muitas mais.

"A enorme extensão, a população e a situação dentro do Anel de Fogo do Pacífico fazem da Indonésia provavelmente o país mais vulnerável do mundo aos desastres naturais", diz Afonso. Ele acrescenta que a mudança climática, com chuvas cada vez mais volumosas e períodos de seca mais longos, pode agravar a situação no futuro.

A União Européia lidera a ajuda humanitária no país.

"Ao falar da Indonésia, freqüentemente as pessoas se fixam no seu grande crescimento econômico e esquecem que, apesar dos lucros dos últimos anos, metade da população vive com menos de US$ 2 por dia e mais de 20 milhões com menos de US$ 1", ressalta Afonso.

O governo da Indonésia preparou uma Lei de Gestão de Desastres Naturais como resposta à prevenção de catástrofes.


  Europa se prepara para ter padrões sustentáveis de biocombustível até o final do ano
Carbono Brasil | 31/8/2007 11:26:43

Países que investem na produção de biocombustíveis terão que garantir a sustentabilidade dos negócios para entrar no mercado da União Européia. A Comissão Européia trabalha na formulação de uma legislação que exigirá padrões mínimos de sustentabilidade para o desenvolvimento de biocombustíveis que deverá ser finalizado no final deste ano. Como parte da estratégia no setor energético, a União Européia (UE) concordou em estabelecer que 10% dos combustíveis consumidos pelos automóveis do bloco até 2020 tenham origem biológica, o que demonstra a grande perspectiva deste mercado em expansão.

Para suprir esse novo mercado estima-se que a indústria européia precisará de 59 milhões de toneladas de cereais --18% da produção interna - e ainda terá de importar 20% do biocombustível.

O Brasil vem investindo forte nesta área, buscando inclusive parcerias com países da América Central e México para facilitar a exportação para os Estados Unidos, por exemplo. Em uma visita ao México no início do mês, o presidente Lula afirmou que a produção de biocombustíveis permitirá uma melhor distribuição da riqueza no mundo, o que não se conseguiu com o petróleo.

"Eu estou convencido de que será inexorável: o mundo vai se curvar à questão do biodiesel", afirmou Lula em junho.

Com a nova legislação européia, as coisas ficaram mais duras para potenciais exportadores, pois somente biocombustíveis produzidos com um mínimo de padrão de sustentabilidade poderão ser adquiridos pela UE. Somente combustíveis que alcançarem esses padrões, derivados de lixo orgânicos e restos de madeira por exemplo, serão elegíveis para a meta de 10% e isentos de imposto. As regras se aplicam tanto para importados quanto para produzidos domesticamente.

Recentemente, a Agência Internacional de Energia (AIE) estimou que a produção global de biocombustível irá dobrar dos níveis de 2006 para 1,75 milhão de barris diários em 2012.

"Claro que é essencial garantir que o aumento seja conduzido de uma maneira sustentável, nós não podemos somente sentar e assumir que isso aconteça automaticamente", disse o comissário europeu de energias, Andris Piebalgs, ao anunciar a medida em julho.

Padrões atuais indicam que 60% das emissões de dióxido de carbono (CO2) na EU entre 2005 e 2020 virá dos transportes, segundo Piebalgs.



  Ranking do ambientalismo corporativo identifica os setores-chave em sustentabilidade no Brasil
Market Analysis/ Carbono Brasil | 31/8/2007 11:27:12

A Market Analysis, empresa de pesquisa de mercado e opinião publica, apresenta parte do Monitor de Reputação Empresarial 2007, que revela como os consumidores brasileiros percebem a participação das companhias nas questões de meio ambiente e responsabilidade social.

De acordo com o estudo, empresas do setor químico, centrais nucleares e produtoras de carvão ocupam as três primeiras posições do ranking como prejudiciais ao meio ambiente, registrando 78%, 77% e 74%, respectivamente. Continuando a lista, as petroleiras representam 69% e as mineradoras 67%, com quarta e quinta indicação. O resultado aponta que aproximadamente oito em cada dez brasileiros enxergam as empresas atuantes nesses setores como responsáveis por danos ao ecossistema.

Ainda nas posições de risco estão montadoras de automóveis (61%), empresas de alumínio (53%) e fornecedoras de gás natural (47%), também consideradas peças-chave na degradação do planeta. Na opinião dos brasileiros, o mercado de informática/TI (31%) e financeiro (19%) ocupam os dois últimos postos.

Para Fabián Echegaray, diretor da Market Analysis, em um contexto de alta visibilidade e sensibilidade sobre a questão ambiental e as mudanças climáticas, os consumidores estão amadurecendo as opiniões sobre o assunto. "Percebe-se que a população está se preocupando em beneficiar, ou não, com seu poder de compra empresas ambientalmente responsáveis, assim como também tolerar - quando não apoiar abertamente -, uma maior intervenção do governo na esfera privada. O objetivo é minimizar prejuízos ambientais, além disso, o fato de uma empresa ou setor ser visto como passivo ambiental ou ter culpa pelo aquecimento global, representa um claro fator de risco", explica Echegaray.

Realizado anualmente desde 2003 pela Market Analysis, o estudo Monitor de Reputação Empresarial tem como principal objetivo de identificar a opinião dos brasileiros sobre a imagem e reputação das companhias e do mundo corporativo. A versão 2007 será lançada oficialmente no fim de agosto e terá cerca de 70 páginas. As empresas interessadas em conhecer mais sobre a pesquisa e também as marcas que foram indicadas pelos consumidores devem entrar em contado pelo e-mail info@marketanalaysis.com.br.

Para visualizar o ranking completo dos setores, acesse:
http://www.s2.com.br/s2arquivos/477/multimidia/207Multi.ppt

Ficha técnica

A pesquisa faz parte do Monitor de Reputação Empresarial 2007, Market Analysis. Foram realizadas 802 entrevistas no domicílio do entrevistado, com adultos (18-69 anos) residentes das oito principais capitais: São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Brasília. Estudo conduzido em maio e junho de 2007.

Perfil Market Analysis

A Market Analysis, instituto de pesquisa de mercado e opinião pública, já coordenou mais de 600 projetos em 20 estados brasileiros, além de cinco países da América Latina, entre os quais estão estudos regulares para clientes como BBC World News, Merck, Nestlé, Philips, Roche e Unilever. O foco do trabalho está nos setores de saúde, telecomunicações, novas tecnologias de comunicação/informação, opinião pública e comportamento social, bens de consumo geral, estudo de custo-benefício entre preços e atributos, financeiros, identificação de prospects, introdução de novos produtos e conceitos no mercado e turismo e entretenimento. A Market Analysis realiza estudos contínuos sobre Reputação Empresarial e Responsabilidade Social. Afiliada da Abep (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa) e da Esomar (Associação Mundial das Empresas de Pesquisa de Mercado), a empresa conta com uma equipe multidisciplinar formada por sociólogos, cientistas políticos, publicitários e estatísticos, que utilizam os mais modernos métodos de pesquisa: quantitativas e qualitativas, desk research, mystery shopping e estudos de inteligência competitiva, análise de dados e datamining. Fundada em 1997, a Market Analysis Brasil tem sua matriz em Florianópolis (SC) e a sede operacional em São Paulo (SP).




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Enviado em 31/8/2007 11:27:47

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