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News Letter do CRBio-2 de 12/9/2007 09:47:19

News Letter do CRBio-2


  'Poluidores' dizem que não lutarão por clima
G1-Globo online | 12/9/2007 09:43:11

Os líderes do Apec -- foro que inclui os maiores contaminantes do mundo -- emitiram uma declaração com relação ao aquecimento global, o que não significa que eles assinarão compromissos para reverter a situação.

Os funcionários encarregados da redação do documento assinado pelos líderes encontraram um difícil consenso para a declaração final sobre o clima, que não contém objetivos obrigatórios.

O documento de seis páginas se contenta em mencionar uma "vontade" de reduzir até 2030, 25% da intensidade energética (medida calculada pelo informe do consumo de emergia e de produção) das 21 economias. O texto também afirma que a ONU deve ser responsável pela negociação sobre o tema.

Desde o início da semana, ficou claro que havia duas posições com relação ao tema.
Austrália e Estados Unidos defendem uma abordagem que exija dos países em desenvolvimento -- como a China -- maiores esforços e se mostram dispostos a negociações se elas se derem à margem do que propunha o protocolo de Kyoto, o principal tratado internacional sobre meio ambiente, que expira em 2012.

Por outro lado, a China lidera um bloco de países que considera que as Nações Unidas são as responsáveis por liderar as negociações sobre mudança climática. A ONU organiza para dezembro uma grande reunião sobre o tema em Bali, na Indonésia, para se elaborar um tratado que substitua o de Kyoto sobre gases contaminantes.

A Austrália tinha incluído a mudança climática como um dos principais temas do encontro de chefes de Estado da APEC. Mas desde a semana passada, o primeiro-ministro John Howard tinha advertido que nenhum compromisso vinculante seria adotado com relação aos gases que produzem o efeito estufa.

"Enfatizamos muito a necessidade de que as mudanças climáticas fossem a chave deste encontro", afirmou neste sábado o chanceler australiano, Alexander Downer, que admitiu que as discussões foram difíceis devido à quantidade de matizes e à complexidade do tema.

Entre os pontos mais importantes do documento, está o pedido para que os Estados-membros "trabalhem pela meta desejada de reduzir a intensidade de energia em, pelo menos, 25% até 2030" e reconhece o papel de liderança da ONU neste trabalho. Além disso, o documento autoriza países membros a seguirem suas próprias estratégias.

Lideradas pela China, as nações emergentes apontam para a necessidade de moderar a atividade industrial de forma balanceada para que milhões de pessoas saiam da pobreza.

Por último, o documento indica uma aspiração de que se incremente o reflorestamento na zona APEC, com o plantio de, pelo menos, 20 milhões de hectares até 2020.
O texto foi qualificado por Howard como "um grande passo".

A ministra de comércio peruana, Mercedes Aráoz, afirmou neste sábado que a questão climática era crucial para seu país devido às deficiências no abastecimento de água. Disse ainda que seu governo apóia firmemente a idéia de que os acordos sobre clima aconteçam na esfera da ONU.



  Parque histórico vira depósito de bichos no Rio
G1-Globo online | 12/9/2007 09:43:37

O Campo de Santana, jardim histórico localizado na Praça da República, no Centro do Rio de Janeiro, já não é só espaço de contemplação de uma paisagem bucólica, em contraste com a agitação da área central da cidade. Ele se transformou num depósito de bichos.

Os donos do pedaço são os gatos. Em julho deste ano, eram 106, segundo a contagem da Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais (Sepda), da Prefeitura do Rio.

A secretaria, que é responsável pelo tratamento de doenças e doação dos gatos do parque, informou que pelo menos um gato é abandonado por dia no local. Em janeiro de 2007, havia 167 gatos, ainda segundo as estimativas.

"Não é o lugar ideal para os animais ficarem, mas as pessoas abandonam lá. Quando tem animal doente, eles são recolhidos para tratamento", explicou a veterinária Karla Schmidt, da Sepda.

Os gatos não são a maioria dos animais que vivem no parque. Cerca de 800 cotias, 70 patos e marrecos, 50 micos e 3 pavões também habitam o local, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Estes animais silvestres ficam aos cuidados da Fundação Parques e Jardins.

Passeio de bicicleta é proibido

Para zelar pela segurança dos bichos, dos visitantes e do patrimônio histórico, a prefeitura do Rio proibiu o passeio de bicicleta no Campo de Santana. A medida, em vigor desde 1999, ainda surpreende os visitantes. Só crianças até 12 anos podem andar de bicicleta.

O parque foi projetado no final do século 19 pelo paisagista francês Auguste François Marie Glaziou e pelo engenheiro Francisco José Fialho. Pela sua importância histórica, é tombado desde 1968 pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac).



  Recuperação de baleias-cinzentas pode ser falsa, diz estudo
Ambiente Brasil | 12/9/2007 09:43:59

Uma das grandes histórias de sucesso da conservação da vida nos oceanos, o retorno da baleia-cinzenta do Oceano pacífico, pode ter sido baseada em um erro de cálculo, dizem cientistas em um estudo baseado em genética das baleias.

O que se supôs que seria um próspera população de baleias é, na verdade, um grupo que muitas vezes passa fome por conta da redução do suprimento de comida, afirma um dos co-autores do trabalho, o professor de estudos marinhos Stephen Palumbi, da Universidade Stanford. O principal suspeito na anomalia é o aquecimento global.

Cientistas podem ter subestimado os números históricos de baleias cinzentas do México ao Alasca, de acordo com o trabalho publicado nesta segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences. Isso pode ter levado a um erro no diagnóstico da causa das surpreendentes ondas de mortandade entre a espécie e da aparição de muitas baleias consideradas "magrelas".

No início deste mês, o serviço Nacional de Pesca Marinha dos EUA informou que pelo menos 10% das baleias-cinzentas que retornaram às áreas tradicionais de reprodução da espécie na Baixa Califórnia mostravam sinais de desnutrição. Algumas até tinham ossos salientes.

O novo estudo conclui que a população original da espécie no Pacífico, há centenas de anos, estava mais próxima de 100.000 do que das estimativas convencionais para a época, de 20.000 a 30.000.

Os pesquisadores afirmam isso com base na diversidade do DNA da espécie, deduzida com o exame do código genético de 40 baleias.

Se a população original realmente era o quíntuplo da atual, os problemas recentes da espécie passam a se mostrar ainda piores.

A baleia-cinzenta foi o primeiro mamífero marinho a sair da lista de animais ameaçados de extinção, em 1994. Os cientistas haviam imaginado que uma população de 20.000 baleias seria o normal, e quando os animais começaram a aparecer mortos, entre 1999 e 2000, supôs-se que era apenas a natureza restabelecendo o equilíbrio.

Mas agora o trabalho de Palumbi sugere que os oceanos já forma capazes de alimentar muito mais baleias que a população atual.

Alguns cientistas dizem que o trabalho de Palumbi faz sentido, mas o biólogo de pesca Jeff Breiwick, que trabalha no censo de baleias-cinzentas do laboratório Nacional de mamíferos Marinhos pergunta: onde foram parar as 80.000 baleias que ninguém nunca viu?

Breiwick e outros pesquisadores usaram modelos de computador para estimar o nível de caça às baleias desde o século 17. Explicar um número tão alto de baleias vivendo no passado exigira a captura de três baleias ao dia, durante quatrocentos anos.

Para Palumbi, a resposta é que as baleias extras eram da Ásia. Ele crê que o número de 100.000 inclui as variedades do pacífico leste e do pacífico Oeste, animais muito parecidos e que só são distinguidos por meio de testes genéticos. O grande declínio pode ser explicado pela caça promovida na Ásia.


  Mudança climática pode ameaçar segurança alimentar, afirma ONU
Ambiente Brasil | 12/9/2007 09:44:23

A FAO - Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação alertou na segunda-feira (10) que a mudança climática pode vir a constituir "uma séria ameaça" para a segurança alimentar mundial, e que por isso é "crucial" adotar medidas imediatas para neutralizar seus efeitos.

O alerta foi feito pelo subdiretor-geral da FAO, Alexander Müller, diante mais de 140 especialistas de todo o mundo, em um seminário sobre planejamento e estratégias de adaptação.

A mudança climática está se transformando em um dos grandes desafios que a humanidade deverá enfrentar nos próximos anos, devido a seu impacto na produção, distribuição e acesso aos alimentos. Segundo a organização, o combate às suas causas, com a redução de emissões de gases do efeito estufa, deve estar atrelado a "medidas imediatas para neutralizar seus efeitos" e encontrar formas para melhorar a capacidade de adaptação das pessoas e dos sistemas de produção alimentícia.

A agricultura é o setor mais afetado pelas mudanças no clima e será "cada vez mais vulnerável no futuro". A situação de risco é especial para os países em desenvolvimento, que têm menos recursos para enfrentar os danos.

O clima extremo e adverso pode pôr em risco a produção de arroz, que alimenta mais da metade da população do planeta. Assim, seria benéfica a introdução de novas variedades melhoradas desse cereal, com maior tolerância à salinidade.

A rápida transição para um maior uso dos biocombustíveis poderia ajudar a reduzir as emissões responsáveis do efeito estufa, "sempre que forem levadas em conta a segurança alimentar e as considerações ambientais", lembra a organização.

Causadores - Mas a agricultura é também "culpada" quando se fala de mudança climática. A própria produção de arroz seria uma das principais fontes de gases causadores do efeito estufa.

Além disso, a pecuária é responsável por 18% das emissões de gases do efeito estufa em âmbito mundial, enquanto o desmatamento é responsável por 18% das emissões de dióxido de carbono.

A melhora na gestão da pecuária e das práticas agrícolas e florestais "teria um impacto muito grande" para neutralizar os efeitos da mudança climática, segundo a FAO.

Da mesma maneira, adotar práticas como a agricultura de conservação também ajudaria a manter grandes quantidades de carbono no solo.


  Brasil participará de reuniões convocadas por ONU e Bush sobre mudanças climáticas
Ambiente Brasil | 12/9/2007 09:44:43


Depois de enviar representantes à conferência prévia da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças do clima em Viena (Áustria) e sediar um encontro internacional para discutir ações globais de desenvolvimento sustentável, o Brasil participará no fim do mês, nos Estados Unidos (EUA), de duas reuniões da agenda ambiental do planeta.

São elas: uma reunião de alto nível da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York nos dias 27 e 28 e um encontro convocado pelo presidente dos EUA, George W. Bush, em Washington no dia 24.

O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou o envio de um representante brasileiro, o diplomata Everton Vargas, à reunião de Bush, mas não comentou se a convocação indica uma possível mudança de postura do presidente norte-americano em relação à preocupação global com o aquecimento. Apesar de serem responsáveis por cerca de 35% das emissões de gases de efeito estufa do planeta, os EUA não ratificaram o Protocolo de Quioto e não têm metas de redução.

Na reunião da ONU, o governo brasileiro anunciou que vai defender a criação de um organismo internacional nas Nações Unidas para o meio ambiente, nos moldes de estruturas como a Organização das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco). A proposta brasileira, lançada durante a reunião no Rio de Janeiro, prevê uma organização "guarda-chuva", que teria função coordenadora das decisões globais sobre meio ambiente.

O diretor do departamento de Meio Ambiente e Políticas Especiais do Itamaraty, ministro Luiz Alberto Figueiredo, disse que a instalação de um organismo da ONU para as causas ambientais é uma demanda mundial, mas, ao contrário de propostas de outros países, a sugestão brasileira, "mais conciliadora", defende a manutenção da estrutura já existente, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

"Ele seria mantido e fortalecido como agência ambiental, com aspectos importantes voltados para ajuda aos países na implementação de suas políticas ambientais, cooperação técnica e treinamento de pessoal", enumerou.

Figueiredo prevê que a discussão se estenderá para a reunião das Nações Unidas em 2008, quando a organização deverá decidir, ou não, pela criação da nova estrutura para as questões ambientais. "Além de concentrar as decisões – que hoje são mais pulverizadas em centenas de grupos na ONU – esse organismo aumentaria a integração da questão ambiental na discussão do desenvolvimento sustentável", aponta.

Mais incisivo, o professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, Paulo Artaxo, um dos quatro brasileiros no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), defende a criação de duas novas organizações na ONU: uma para questões ambientais e outra exclusivamente para as mudanças climáticas: " Já passamos do ponto crítico, é preciso uma rápida atuação global para frear os problemas".


  Universitário luta contra dissecação de animais em aula
Estadão | 12/9/2007 09:45:07

SÃO PAULO - Róber Bachinski é um estudante do curso de Biologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) que tem enfrentado uma batalha jurídica para prosseguir nos estudos. Por motivos éticos, o jovem de 21 anos se recusa a participar das aulas em que necessita dissecar animais, prática fundamental para a área do conhecimento em que deseja se formar.
Ele chegou a receber da Justiça, em caráter liminar, o direito de não participar desses procedimentos. Entretanto, a universidade entrou com recurso e conseguiu cassar a liminar, obrigando o aluno a assistir às aulas. O fato reacende a polêmica sobre o uso de cobaias na ciência.

Em sua ação, o estudante alegou que, pela Constituição, tem o direito da "objeção de consciência", que garante a ele a prerrogativa de manter-se fiel à suas crenças e convicções, sem sofrer prejuízo por isso. O argumento foi acolhido em junho passado pela Vara Federal Ambiental de Porto Alegre, que concedeu liminar permitindo que ele fosse dispensado dos procedimentos com animais.

Entretanto, a alegação foi derrubada pela instância superior, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, mediante recurso da UFRGS. De acordo com o TRF, as disciplinas que utilizam os animais têm o objetivo de capacitar os alunos para sua profissão e não é correto que a universidade mude seu currículo de acordo com a consciência dos alunos. Diante disso, a liminar foi derrubada. Os advogados de Bachinski prometem recorrer da decisão.

De acordo com o estudante, o problema não é a dissecação em si, mas sim o fato de os animais serem mortos para as aulas. Ele defende que sejam utilizados métodos alternativos, como a utilização de bichos já mortos em clínicas de veterinária ou outros institutos da universidade, como a faculdade de Veterinária. Em geral, os animais mais utilizados nesses experimentos são ratos, camundongos, rãs e até mesmo coelhos.

Vídeos

Bachinski quer também que, em aulas expositivas, nas quais apenas o professor manipula o animal, sejam utilizados vídeos com os procedimentos, para que um bicho não precise morrer a cada demonstração. "O problema é que não tenho como saber como aquele animal foi conseguido para a aula. Eles têm direitos intrínsecos como alimento e liberdade. Mesmo que tenham sido criados para as aulas, eles têm direitos", prega o estudante.

Bachinski afirma que, antes de entrar para o curso de biologia, não sabia da obrigação de dissecar os animais nas aulas. No segundo semestre do ano passado, ele foi reprovado em uma matéria em razão de suas posições. "Não me passou pela cabeça que os professores seriam tão rígidos em manter essa prática", afirma. Durante o período de vigência da liminar, o professor da matéria permitiu que ele fizesse trabalhos alternativos - o jovem respondeu um questionário teórico sobre a matéria que deveria ter sido aprendida na prática. O problema dele, agora, é conseguir que os docentes das matérias que ele ainda precisa cursar concedam o mesmo direito.

Sacrifício



"Não se trata de judiar dos animais, mas sim de utilizá-los como fonte de conhecimento, como é feito em todo o mundo. Não é sacrificar por sacrificar", defende o vice-diretor do Instituto de Biociências da UFRGS, João Ito Bergonci, reiterando que os animais utilizados nas aulas são criados especificamente para este fim. "Acho difícil que alguém se forme em Biologia sem passar por isso (fazer dissecação). Talvez ele tenha que procurar um outro curso", sugere.

Entretanto, grande parte dos professores acha possível substituir o uso de animais por outros métodos em sala de aula, com a adoção de softwares que simulem as situações de dissecação, por exemplo. Esse sistema já está presente em diversas universidades, entre elas a Universidade de São Paulo (USP). Quando se trata de pesquisas mais aprofundadas, em que os animais servem de teste para substâncias a serem utilizadas por humanos, a situação é mais complicada, tornando as cobaias ainda indispensáveis no processo.

"As pessoas não percebem, mas os benefícios da experimentação animal estão presentes em seu dia-a-dia. Praticamente tudo que ingerimos ou que entra em contato com o nosso corpo tem que passar por teste animal", afirma Marcel Frajblat, presidente Colégio Brasileiro de Experimentação Animal (Cobea), entidade que estuda a produção de animais para uso em laboratório. De acordo com Frajblat, desde a pasta de dente até o detergente, passando pela chupeta para bebês, tudo ainda precisa ser testado em cobaias. Para o pesquisador, essa prática é uma necessidade e os cientistas deixarão de utilizá-la assim que for encontrada uma alternativa eficiente.

Legislação

Os cientistas ressaltam que as cobaias têm de ser utilizadas com "respeito". De acordo com o pesquisador Wothan Tavares de Lima, coordenador da Comissão de Ética e Experimentação Animal do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, isso significa fornecer ao animal um espaço mínimo para o seu desenvolvimento, em um ambiente apropriado, o mais próximo possível do seu habitat natural. Além disso, no momento do sacrifício, deve-se ministrar doses de analgésicos, para minimizar o desconforto do bicho, entre outras práticas adequadas.

Apesar dessas especificações, esse conceito de respeito ainda é vago no Brasil em razão da falta de regulamentação. O projeto de lei que visa preencher esta lacuna está em tramitação na Câmara dos Deputados há 12 anos, sem ter entrado em votação. O que existem são leis estaduais - no Estado de São Paulo uma norma sobre o assunto está em vigor desde 2005. "A comunidade científica acha importante que haja uma lei específica para o País e a sociedade precisa saber disso. É preciso esclarecer as pessoas sobre o nosso trabalho", afirma Lima.

Apesar da recente decisão desfavorável da Justiça, Bachinski diz que não vai desistir de sua cruzada contra o uso de animais durante as aulas. "Não penso na possibilidade de abrir animais. Já consegui passar em duas matérias sem fazer isso", diz.

Agora, o estudante está produzindo uma pesquisa para encontrar métodos que substituam esses procedimentos. Ele afirma que está lutando para quebrar um dogma e que isso é, sempre, muito difícil. "Hoje há o paradigma de que os animais são necessários e, quando alguém se propõe a mudar isso, os cientistas se sentem ameaçados. As pessoas vão ter que mudar. Os animais não são meios para nossos fins", anima-se.



  Mundo deve passar limite perigoso do aquecimento, diz estudo
Estadão | 12/9/2007 09:45:31

LONDRES - O mundo provavelmente vai ultrapassar o limite de aquecimento global que a União Européia considera perigoso, disseram na terça-feira cientistas britânicos ao apresentar os resultados de cinco anos de pesquisas.

Mas nem todos os especialistas concordam com isso, embora fique claro que o debate já não é mais sobre se o aquecimento global está ocorrendo, e sim sobre quais serão suas consequências e o que se pode fazer.

Líderes da União Européia reiteraram em março a "importância vital" de limitar o aquecimento global médio a 2º C acima dos níveis pré-industriais. Com base nisso, o bloco europeu estipulou metas para a redução das emissões de gases do efeito estufa, mas o MetOffice, órgão meteorológico do governo britânico e responsável pelo novo estudo, duvida que tais metas sejam factíveis.

"Acho que está bem aceito que [a meta de] 2º C será superada", disse Vicky Pope, gerente do programa de pesquisas sobre mudanças climáticas do Hadley Centre, ligado ao MetOffice.

"Precisamos de informações muito mais precisas e detalhadas sobre como a mudança climática vai se dar no futuro", acrescentou ela.

Outros cientistas estão mais otimistas com as metas da UE. "Este objetivo ambicioso é justificável não só cientificamente, mas também como um imperativo econômico e ético", disse Hans Joachim Schellnhuber, diretor do Instituto Potsdam para a Pesquisa do Impacto Climático, em depoimento na segunda-feira ao Parlamento Europeu.

Os cientistas prevêem, por exemplo, que o aquecimento de 2º C seria suficiente para iniciar o degelo das calotas polares, com consequências graves e irreversíveis.

"Se ainda cortarmos as emissões, temos a chance de evitar que superemos os 2º C", disse Malte Meinshausen, do Instituto Potsdam, acrescentando que o estudo britânico é tão válido quanto os outros, mas ligeiramente alarmista.

Em grande parte devido à ação humana, a temperatura média do planeta subiu cerca de 0,7º C no último século, e outro 0,6º C deve ser inevitável, já que os oceanos estão absorvendo o aquecimento mais rápido das terras emersas.

O estudo do MetOffice custou quase 174 milhões de dólares, bancados pelos Ministérios de Defesa e Meio Ambiente. O programa também se destina a avaliar detalhadamente os impactos climáticos regionais e os riscos de uma catástrofe. Há sinais, por exemplo, de que a calota polar da Groenlândia está derretendo mais rápido do que se esperava, com implicações para o aumento global do nível dos mares.

"Trata-se de dar uma olhada em eventos de baixa probabilidade e alto impacto", disse Pope.



  Ecogrife lança sacola de tecido natural durante a Campanha "Eu não sou de plástico"
Ambiente Global | 12/9/2007 09:45:54

No próximo dia 12 de setembro de 2007, o Porão das Artes, no Parque Ibirapuera, abrigará a exposição de lançamento da campanha pelo uso de sacolas duráveis. O primeiro produto da campanha institucional de iniciativa da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) é a sacola de tecido "Eu não sou de plástico. A campanha visa sensibilizar as pessoas para a necessidade de minimizar o consumo de sacolas e sacos plásticos, adotando o uso de sacolas permanentes, ao mesmo tempo em que a SVMA estuda medidas legais para promover a substituição gradual das sacolas de plástico por material durável.

A Campanha será marcada por uma série de modelos de sacola de tecido, produzidas por marcas de renome, entre elas a Ecogrife, que comercializa produtos para um planeta sustentável. O modelo apresentado pela Ecogrife é produzido em tecido natural e apresenta grande durabilidade.

Segundo a SVMA, a adesão à campanha pode acontecer de muitas maneiras, desde a adoção de medidas específicas, adequadas ao segmento ao qual a empresa/instituição pertence, até a produção de sacolas de pano. A Prefeitura, através da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, disponibilizará material informativo sobre ações que já acontecem em outros locais do país e do mundo, sendo que algumas dessas boas práticas poderão ser adotadas no âmbito da cidade. Além disso, promoverá a divulgação das ações e eventos desenvolvidos pelos parceiros na campanha, mantendo banco permanente de informações. Os parceiros, por sua vez, deverão criar ferramentas e iniciativas que promovam e/ou estimulem a minimização do uso de sacolas plásticas e embalagens descartáveis, além de orientar e incentivar os clientes nesse sentido através de diversas ações. A Associação Paulista de Supermercados - APAS já aderiu à campanha e está trabalhando para envolver todos os seus associados.


  Predadores da biodiversidade
Agência Fapesp | 12/9/2007 09:46:29

Diversidade de espécies e predação estariam ligadas há milhões de anos na história dos animais. A conclusão é de um estudo publicado na edição de 10 de setembro da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

A comparação feita entre a intensidade de predação e tendências de diversidade verificadas em registros fósseis destacou uma forte relação entre os dois pontos, segundo a pesquisa feita por John Warren Huntley e Michal Kowalewski, do Departamento de Geociências da Universidade do Estado da Virgínia, nos Estados Unidos.

A contribuição de interações ecológicas para a evolução das espécies animais tem sido um assunto debatido há tempos pelos cientistas. No novo estudo, os pesquisadores investigaram a freqüência com que fósseis mostram sinais de predação, como perfurações ou marcas de ataques, e a diversidade geral de espécies nos últimos 540 milhões de anos.

Os autores identificaram um aumento notável no número de predadores há aproximadamente 480 milhões de anos, no período Ordoviciano, o que é cerca de 50 milhões mais cedo do que haviam indicado trabalhos anteriores. A intensidade de predação e a diversidade de espécies teriam continuado em estreita relação desde então, primeiramente em criaturas marinhas e, em seguida, também nas terrestres.

Huntley e Kowalewski sugerem três hipóteses para explicar a relação. Na primeira, predação e diversidade seriam fatores realmente unidos. Na segunda, estratégias de predação teriam surgido com o aumento na diversidade. A terceira hipótese é que a relação seria apenas um produto dos registros geológicos.

O artigo Strong coupling of predation intensity and diversity in the Phanerozoic fossil record, de John Warren Huntley e Michal Kowalewski, pode ser lido por assinantes da Pnas em www.pnas.org.


  Países do Apec assinam acordo climático
BBCBrasil | 12/9/2007 09:46:49

O Apec reúne seis dos dez países que mais emitem dióxido de carbono, incluindo os dois maiores poluidores do mundo - Estados Unidos e China.

"O mundo precisa reduzir, parar e então reverter o aumento das emissões de gases de efeito estufa", diz a chamada Declaração de Sydney, assinada por 21 países.

Entre as metas - que não são obrigatórias - estão a redução da quantidade de energia necessária para produzir um dólar do PIB (Produto Interno Bruto) em 25% até 2030 e um aumento da área florestal na região para 20 milhões de hectares até 2020.

O primeiro-ministro da Austrália, John Howard, disse que a declaração é "um marco muito importante" no caminho para um acordo global.

Mas grupos ambientalistas afirmam que o documento tem apenas um caráter simbólico, sem estabelecer objetivos concretos.

China e EUA

Greenpeace disse que o documento é mais uma "distração" do que uma "declaração".

"Sem definitir metas obrigatórias para os países desenvolvidos, o que é o mais importante, esse acordo parece mais uma manobra política de John Howard", disse a porta-voz da organização, Catherine Fitzpatrick.

O correspondente da BBC em Sydney, Nick Bryant, lembrou que esta é a primeira vez que a China e os Estados Unidos aceitam que são necessárias metas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

A Declaração de Sydney também incluiu pedidos da China e de outros países em desenvolvimento para que as negociações sobre o aquecimento global aconteçam no âmbito da ONU (Organização das Nações Unidas).

A convenção da ONU sobre mudança climática está programada para dezembro em Bali.



  Clima 'deslocará 200 milhões nos próximos 30 anos'
BBCBrasil | 12/9/2007 09:47:12

Segundo a ONG, até 2020, os processos de desertificação expulsarão de suas casas 135 milhões de pessoas - 60 milhões delas na África.

O alerta foi feito pela Ecologistas em Ação, com sede em Madri, durante um evento paralelo à Cúpula contra a Desertificação, que se realiza na capital espanhola.

Para a ONG, é preciso "revisar urgentemente o conceito jurídico de refugiado para poder ampliá-lo a novas realidades sociais".

"A regulamentação do chamado 'refugiado ambiental' é imprescindível para preencher uma lacuna jurídica e proporcionar proteção jurídica ao número cada vez maior de pessoas deslocadas por razões ambientais."

A discussão sobre os chamados refugiados ambientais ocorre dentro da própria Organização das Nações Unidas (ONU), que hoje define como refugiados somente aqueles que são forçadas a deixar suas casas por causa de distúrbios políticos ou sociais.

Mas a própria entidade reconhece que cada vez mais pessoas são deslocadas por problemas ambientais, como o esgotamento do solo e a desertificação, ou por efeitos desses processos, como enchentes e outros desastres naturais.

A organização Ecologistas em Ação criticou nações que reforçam suas fronteiras nacionais contra a imigração, adotando o que considera "políticas migratórias que violam sistematicamente os direitos humanos e descumprem a Convenção de Genebra sobre o Estatuto dos Refugiados".

Para a entidade, governos e empresas devem conter a exploração indiscriminada de recursos naturais dos países pobres, que gerariam a perda de florestas, a degradação dos bosques nativos e a mudança no curso dos rios.




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Enviado em 12/9/2007 09:47:19

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