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News Letter do CRBio-2 de 13/9/2007 09:29:06

News Letter do CRBio-2


  Grupo acha fóssil de mamífero gigante no RJ
G1-Globo online | 13/9/2007 09:26:29

Uma expedição paleontológica à região serrana do Rio de Janeiro encontrou restos de um gigante da Era do Gelo -- o primeiro fóssil de vertebrado a aparecer no estado após 25 anos, e o primeiro a ser achado numa caverna. Trata-se de um Toxodon platensis, um grande herbívoro que lembra os hipopótamos modernos e que desapareceu da América do Sul há cerca de 10 mil anos.

A descoberta aconteceu no último final de semana, depois que uma equipe da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) vasculhou uma série de cavernas no município fluminense de Sumidouro. Por enquanto, os achados se resumem a dentes -- além do T. platensis, ou toxodonte, há também restos de um roedor ainda não identificado --, mas os pesquisadores se dizem animados com o potencial da região.


"Foi só uma primeira sondagem. A nossa intenção agora é fazer um trabalho detalhado, usando técnicas de arqueologia [que envolvem um levantamento minucioso e delicado dos sítios, diferente das técnicas normalmente usadas para escavar fósseis]", contou ao G1 o paleontólogo Leonardo Santos Avilla, que coordena os trabalhos. O dente de toxodonte, provavelmente um molar, dá só uma pálida idéia do corpanzil de 3 m de comprimento e 1,5 m de altura que o bicho tinha em vida, mas talvez ajude a explicar como ele morreu.

"Parece que há sinais de predação nele. A caverna, que nós batizamos de Toca do Toxodonte, provavelmente era usada por carnívoros como local de alimentação -- eles carregavam parte da presa até lá e só então a comiam", conta Avilla, que chefia o Laboratório de Mastozoologia (zoologia de mamíferos) da Unirio.

O pesquisador diz acreditar, no entanto, que o pobre toxodonte talvez não tenha sofrido uma morte das mais glamurosas. Embora a criatura tenha convivido com o Smilodon populator, o maior dente-de-sabre que já existiu, com tamanho 50% maior que o de um leão moderno, é mais provável que tenha sido devorada por predadores mais prosaicos, como uma onça-pintada ou uma suçuruana. Isso porque os dentes-de-sabre, com suas enormes presas, talvez não fossem capazes de transportar restos de suas vítimas para lá e para cá -- suas bocas não seriam hábeis o suficiente para isso.

Na trilha do mestre

Avilla explica que ele e seus colegas chegaram à região de Sumidouro inspirados pelo trabalho de Carlos de Paula Couto (1910-1982), um dos patronos da paleontologia brasileira e o primeiro a achar resquícios dos mamíferos da Era do Gelo na região serrana do Rio. Mas Paula Couto mal chegou a arranhar o potencial fossilífero da região, que ainda continua quase totalmente inexplorada.


As cavernas da região em geral são formadas por rochas de origem vulcânica, pedaços de morros que se quebraram, rolaram para baixo e acabaram gerando os abrigos. Muitas estão cobertas de guano (esterco semifossilizado) de morcego ou são muito íngremes, dificultando o acesso dos pesquisadores e exigindo o uso de equipamentos de rapel.

Além da Toca do Toxodonte, os pesquisadores exploraram com sucesso a caverna conhecida como "Ceci e Peri", localizada às margens do rio Paquequer e considerada uma das inspirações para o romance "O Guarani", do escritor romântico brasileiro José de Alencar (a jovem branca Ceci e o índio Peri são personagens da trama). Foi da caverna Ceci e Peri que veio o dente fossilizado de roedor, provavelmente pertencente a uma espécie viva ainda hoje.

Os toxodontes pertencem a um grupo de ungulados (mamíferos com casco) que evoluiu de forma isolada na América do Sul durante dezenas de milhões de anos, quando a região era uma gigantesca ilha. Quando o nosso continente finalmente se uniu à América do Norte com a formação do istmo do Panamá, alguns toxodontes conseguiram "invadir" a América Central. "Foi um dos poucos mamíferos sul-americanos a fazer isso", diz Avilla. Há controvérsias entre os pesquisadores, mas é possível que a mesma espécie estivesse presente dos pampas argentinos à América Central.

Seus dentes, como o achado pela equipe da Unirio, têm uma curiosa adaptação para cortar a grama da qual o bicho se alimentava. Eles tinham crescimento contínuo, quase como se os toxodontes fossem coelhos tamanho-família, mas alternavam camadas de esmalte e dentina que podiam ser desgastadas constantemente. Assim, a ponta do dente mantinha sempre uma lâmina afiada de esmalte, pronta para enfrentar a grama, muito abrasiva.

A equipe de pesquisa deve voltar em breve à região, em busca de mais fósseis. Os trabalhos estão sendo apoiados pela prefeitura de Sumidouro, que tem intenção de explorar o potencial turístico dos achados.



  Vacina contra gripe aviária mostra eficácia
G1-Globo online | 13/9/2007 09:26:52

Cientistas europeus desenvolveram uma vacina contra a gripe aviária segura e bem tolerada, segundo resultados preliminares do primeiro teste clínico realizado, informou nesta terça-feira (11) a Comissão Européia.
A vacina faz parte do projeto Flupan, co-financiado com 2,1 milhões de euros procedentes do quinto Programa de Pesquisa da UE.

Cientistas de Reino Unido, Itália, Noruega e França prepararam a primeira vacina para humanos contra o variante H7N1 do vírus da gripe aviária. Embora diferente do temido H5N1, este vírus já provocou surtos letais em aves na Europa e demonstrou que pode infectar o homem e depois ser contagioso entre pessoas.

Para garantir a segurança durante a pesquisa, o vírus teve que ser transformado mediante um processo de modificação derivado da "genética inversa" (que combina amostras de vírus tomadas de casos reais com outras sintéticas).

A vacina foi desenvolvida a partir de uma linha celular e não no interior de ovos de aves, como se faz normalmente. Os resultados do teste clínico revelam que a vacina é bem tolerada e não provoca nenhum efeito colateral grave em humanos, segundo a CE.

A Comissão anunciou os resultados da última convocação de propostas para novos projetos de pesquisa da gripe. Os selecionados receberão mais de 27 milhões de euros dos cofres da União Européia, que permitirão co-financiar 11 iniciativas.

Entre outros objetivos, permitirão elaborar novos métodos de diagnóstico ou desenvolver uma vacina fácil de administrar, em forma de spray nasal.



  Incêndio destrói três hectares de mata no Rio
G1-Globo online | 13/9/2007 09:27:17

Um incêndio destruiu cerca de três hectares de mata no Maciço da Pedra Branca, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio. O fogo, que começou na tarde de terça-feira (11), foi controlado somente no final da noite.

As chamas começaram num local de difícil acesso, o que prejudicou os trabalhos dos bombeiros. Ninguém ficou ferido. Os prejuízos ainda não foram calculados. Os bombeiros ainda não sabem as causas do incêndio.


  Ibama e governo do Rio fazem operação contra pesca predatória na Baía de Guanabara
Radiobrás | 13/9/2007 09:27:43

Fiscais do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e da Secretaria Estadual de Ambiente do Rio de Janeiro fizeram uma operação na terça-feira (11) na Baía de Guanabara para combater a pesca predatória com rede de arrasto.

Redes e seis barcos de médio porte de armadores diferentes foram apreendidos. Os donos das embarcações deverão ser multados e responderão por crime ambiental, que prevê prisão de um a quatro anos e multa de até R$ 1 milhão.

Com a ajuda de um helicóptero da Polícia Militar e de um barco do Ibama, os fiscais fizeram vistorias entre a Ilha do Governador e São Gonçalo (região metropolitana) e na praia de Icaraí, em Niterói.

Segundo o secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc, essa região é conhecida por sofrer constantemente com a pesca predatória. "Temos que manter permanentemente a pressão. Se não, daqui a dez dias está todo mundo arrastando novamente".

Os barcos de arrasto pescam em pares e levam as redes para o fundo. A malha apertada acaba pescando também os peixes pequenos.

"Essas embarcações prejudicam a reprodução dos peixes, afetam o pescador artesanal e fazem com que o peixe fique mais caro e escasso. Por isso, é essencial o trabalho de parceria para o combate a esse crime ambiental", disse Minc.

De acordo com ele, as ações conjuntas vão continuar. Estão previstas atuações na Baía de Ilha Grande e em Sepetiba, na zona Oeste da cidade.

Há duas semanas, foi feita uma operação na lagoa de Araruama e no mar de São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo, cidades da região dos Lagos.


  Biocombustíveis podem ser remédio pior que doença, diz OCDE
Estadão | 13/9/2007 09:28:07

Os biocombustíveis, festejados por reduzir a dependência energética, aumentar a receita agrícola e ajudar a combater as alterações no clima, na verdade podem acabar sendo prejudiciais ao meio ambiente e encarecendo os alimentos, indicou um estudo da OCDE - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

No relatório sobre o impacto dos biocombustíveis, divulgado na terça-feira (11), a OCDE disse que eles podem "promover uma cura pior que a doença que tentam tratar".

"A pressão atual para ampliar o uso de biocombustíveis está criando tensões insustentáveis que vão abalar os mercados sem gerar benefícios ambientais significativos", disse a OCDE.

"Quando se levam em conta a acidificação, o uso de fertilizantes, a perda de biodiversidade e a toxicidade dos pesticidas agrícolas, o impacto geral do etanol e do biodiesel sobre o meio ambiente podem superar fácil os do petróleo e do diesel mineral", afirmou a organização.

Dessa forma, a OCDE pediu aos governos que cortem os subsídios para o setor e que incentivem as pesquisas para encontrar tecnologias que evitem a concorrência pela terra usada para a produção de alimentos.

Para a OCDE, os incentivos fiscais adotados em muitas regiões, como na União Européia e nos EUA, podem esconder outros objetivos, como proteger a agricultura da abertura comercial.

A organização orientou os membros da OMC - Organização Mundial do Comércio a aumentar os esforços a fim de reduzir as barreiras às importações de biocombustíveis, para permitir a entrada de países em desenvolvimento que têm sistemas ecológicos e climáticos mais adequados à sua produção.

Também aconselhou os governos a tentar reduzir a demanda por combustível nos transportes, em vez de incentivar a produção dos chamados combustíveis "verdes".

"Um litro de gasolina ou diesel conservado porque uma pessoa caminha, anda de bicicleta, pega carona ou ajusta o motor de seu carro muitas vezes é um litro de gasolina ou diesel economizado a um custo muito menor que subsidiar novas fontes ineficientes", disse o texto.

Os biocombustíveis, fabricados principalmente a partir de grãos, sementes e açúcar, vêm sendo responsabilizados pelo aumento nos preços dos commodities, junto com outros fatores como a menor produção.


  Preservação do Cerrado ajuda a evitar o aquecimento global
Ambiente Brasil | 13/9/2007 09:28:31

A secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, afirmou na terça-feira (11) que a preservação e o uso sustentável do Cerrado ajudam a evitar o aquecimento global. "O Cerrado e outros ecossistemas, quando alterados na sua composição e no seu uso, acabam influenciando nas mudanças climáticas porque proporcionam a liberação daquele carbono que estava estocado nas vegetações", disse Maria Cecília, em entrevista, no Senado Federal, após participar de audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional.

No encontro, ela fez uma palestra sobre projeções do aumento das temperaturas no Brasil até 2100 e apresentou dados sobre cobertura vegetal do Cerrado. Participaram também da audiência o diretor de Conservação da Biodiversidade do MMA, Bráulio Dias, e o analista ambiental Adriano Santhiago de Oliveira, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental. O evento fez parte das comemorações do Dia Nacional do Cerrado, celebrado neste 11 de setembro.

A secretária aproveitou a oportunidade para renovar o seu apoio à aprovação da PEC - Proposta de Emenda Constitucional nº 15, de 1995, que torna o Cerrado e a Caatinga patrimônios nacional. Atualmente, a Constituição prevê essa distinção apenas para a Amazônia, o Pantanal, a Mata Atlântica e a Zona Costeira. A medida encontra-se pronta para ser apreciada em plenário, o que deve ocorrer até o fim deste mês.

"O Cerrado é importantíssimo, principalmente por conta da sua rica biodiversidade. Ele representa uma área territorial enorme do Brasil e está na cabeceira das maiores bacias hidrográficas do País", disse Maria Cecília. "Com a PEC, a gente reconstitui para o povo brasileiro que o Cerrado e a Caatinga serão tão fundamentais quanto os outros biomas. Por isso, esse Dia do Cerrado tem essa particular importância", completou a secretária.

O diretor Bráulio Dias defendeu, durante a audiência, a necessidade de se aumentar o número de áreas protegidas no Cerrado. "O esforço atual de áreas protegidas no Cerrado ainda é muito baixo. Não passa de 5%, se considerarmos todas das categorias. A meta nacional é atingir 10%. Precisamos contar com a ajuda dos governos estaduais, municipais, da sociedade civil e do setor privado", disse. "O Cerrado é um importante centro de origem de recursos genéticos", afirmou.


  Lula defende "carro verde" e mercado global de etanol
Folha online | 13/9/2007 09:28:58

Em um artigo de meia página publicado com destaque pelo principal jornal financeiro da Suécia, o Dagens Industri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu o apoio dos suecos para a criação de um mercado global de etanol.

"Eu gostaria de convidar a Suécia a continuar a apostar no Brasil do futuro. Um futuro que começa com a revolução dos biocombustíveis", escreveu Lula no artigo.

O presidente também falou da criação de um carro verde no país.

"No Brasil, estamos desenvolvendo uma 'química do álcool' que vai resultar no primeiro 'carro verde', cujas partes plásticas vão ser produzidas a partir do etanol e não do petróleo."

Segundo o presidente Lula, para atender à crescente demanda por etanol e criar um mercado global, é preciso desenvolver novos projetos no Brasil e em outros países da América Latina, do Caribe e da África.

Lula afirma ainda no artigo que desde 2003 o Brasil reduziu as emissões de dióxido de carbono na atmosfera em 120 milhões de toneladas graças à substituição do consumo de gasolina pelo de etanol.

O presidente defendeu também que o programa brasileiro de etanol não representa uma ameaça à produção de alimentos no país. A produção de alimentos no Brasil, ao contrário, aumenta, segundo ele.

O presidente Lula disse que o etanol tampouco representa uma ameaça às florestas brasileiras e destaca que o desmatamento na Amazônia foi reduzido à metade através de um controle rigoroso das queimadas.

A tecnologia do etanol de celulose, feito a partir de sobras de colheitas, também foi mencionada no texto de Lula e classificada como o próximo passo da revolução dos biocombustíveis.



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Enviado em 13/9/2007 09:29:06

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